sábado, 29 de junho de 2013

Valorizando a contribuição dos "cabelos brancos"

Inovação. Criatividade. Tecnologia. A geração da agilidade tem várias vantagens e traz às organizações um olhar com várias perspectivas e novas soluções.

Porém não é só de inovação que uma organização é solidificada. ''Cabelos brancos'' também fazem a diferença, pois carregam consigo uma história institucional, conhecimento prático e, é claro, a experiência de quem já viveu diversas situações. Valorizar essas características é mais do que pensar em uma campanha de engajamento, é demonstrar respeito aos diversos públicos internos – da geração Y à geração A – e reconhecer a dedicação à razão de ser do negócio.

O reconhecimento aos veteranos envolve várias “sensações” e sentimentos que podem ser valorizados. No caso d'O Boticário, foram escolhidos três: Recordar, Celebrar e Dividir.

O Programa de Reconhecimento Boticário, iniciado em 2010, passou a presentear os veteranos por meio de seus gestores com uma Caixa Temática trazendo itens associados a essas sensações.
A caixa, que se transforma porta-retrato, é dividida em três partes:
1º Porta-retrato e vários Bombons para degustar (Recordar).
2º Petiscos para compartilhar (Dividir).
3º Mini-Champagne e 2 Taças (Celebrar).

A segunda fase do programa é a estilização de sacolas, tags e crachás para esses veteranos – cada pessoa com um layout exclusivo, de acordo com o tempo de casa.

A terceira etapa são as caricaturas. Em painéis nas unidades de Curitiba e São José dos Pinhais (PR) são exibidas caricaturas desses profissionais. E por último, os homenageados recebem vale-compras da empresa nos seguintes valores:

Veteranos 5 anos = R$ 300,00
Veteranos 10 anos = R$ 1.250,00
Veteranos 15 anos = R$ 1.750,00
Veteranos 20 anos = R$ 2.250,00
Veteranos 25 anos = R$ 2.750,00

O Boticário é um dos exemplos de comunicação que codifica seus valores organizacionais em ações para o público interno. Cada passo do programa é ligado a um valor. Esse é o ponto: a estratégia sendo aplicada e relembrada para os públicos de forma cotidiana e marcante.

Ricardo Fasti, no artigo “Esqueçam do endomarketing”, ressalta o que o comunicador deve enxergar no público interno: “O ambiente interno de uma empresa não pode ser caracterizado como um mercado, mas como um organismo vivo que necessita de organização conduzida por impulsos nervosos de significado universal, de sorte que todos os órgãos compreendam seus papéis e ajam em prol de sua perpetuação” (1999, p. 7).

Ações de reconhecimento aos veteranos valorizam o profissional, agregam valor à organização e trazem um sentimento de orgulho e pertencimento.

Por: Cindy Santos

Referências
http://www.boticario.com.br/

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Case BASF - Mudança da Sede

Imagine ter que comunicar aos funcionários que o local de trabalho deles será transferido para outra cidade. É uma situação difícil, com potencial para gerar grande insatisfação e um clima ruim na empresa. Em 2006, a BASF teve que informar seus funcionários sobre a mudança de sede, de São Bernardo do Campo (50% deles habitavam no ABC) para São Paulo. E mais, com a transferência para a Faria Lima, benefícios como estacionamento de graça, fretado e refeitório no local ficaram insustentáveis.

Com uma campanha transparente e aberta, que inclusive ganhou prêmios, a BASF conseguiu minimizar os impactos negativos da notícia e fortalecer o relacionamento com seu público interno e até outros stakeholders.

Desde o início, os funcionários eram comunicados sobre qualquer novidade, inclusive que o edifício Faria Lima Square era um dos que estavam sendo avaliados e que o vale refeição seria um novo benefício. Envolver o público interno em todo o processo é extremamente importante, pois esclarece dúvidas e evita boatos.

A campanha da mudança abrangeu os mais variados veículos de comunicação, sendo eles:
- Comunicação face a face: apresentações para os líderes trazendo os principais pontos
-Liderança informal: palestras para os líderes informais esclarecendo dúvidas
-Correio eletrônico: canal direto para questionamentos dos funcionários, que eram respondidos no prazo de 24 horas
-Boletim eletrônico: atualizações quase diárias sobre o assunto, que também eram impressas e afixadas
-Jornal impresso: principal veículo interno, trouxe uma edição especial sobre a mudança
-Intranet: ágil e constantemente atualizada
-Ações pontuais: um exemplo é a ação Carona Solidária, organizada na própria Intranet
-Boas-vindas: vídeo contando todo o processo e evento no primeiro dia com o presidente da BASF
-Folder para o público externo: apresentação do novo local e convite para uma visita.

A pluralidade de meios de comunicação é a melhor estratégia, segundo Marlene Marchiori (2004), que afirma que não há um canal que atinja a todos, sendo necessário segmentar a comunicação para efetivar o processo e impedir que ele perca a confiabilidade. Uma preocupação adicional foi preservar com a mudança materiais importantes para a memória empresarial da BASF, que contratou uma empresa especializada para fazer essa seleção.

Uma campanha tão completa e bem planejada como essa mostra preocupação e atenção com o público interno, reforçando o relacionamento e trazendo resultados muito positivos. No caso da BASF, houve alto índice de satisfação por parte dos funcionários.

Por: Thaissa Romagnoli

Referência
http://www.basf.com.br/default.asp?id=5205

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Case “Usiminas em Frente”

Sobre a equipe de funcionários, Alberto Ruggiero (2002), afirmou: "Se ela não estiver bem informada, se seus integrantes não se comunicarem adequadamente, não será possível potencializar a força humana da empresa." A Usiminas percebeu essa importância e se transformou em sinônimo de força na linguagem popular. Com mais de 30 mil colaboradores, a empresa buscava um sistema capaz de englobar as diferentes culturas e uniformizar as informações passadas para seu público interno.

Um novo plano de comunicação foi elaborado, denominado “Usiminas em Frente”. A fornecedora de aço para indústria naval e fabricação de linha branca, fez seu planejamento baseado na intenção de que uma só empresa pode atender à diversas demandas prontamente. O projeto teve como principais frentes a comunicação por gestores das áreas, campanhas de comunicação interna e campanhas promocionais.

O “Usiminas em Frente” foi apresentado em 12 cidades, para 250 responsáveis de diversas áreas. Utilizaram veículos como e-mail marketing e apresentação de vídeos explicativos. Criaram o Kit do Gestor, um fichário que continha um manual e um guia de treinamento para ser aplicado na área, de forma que a informação fosse recebida da mesma maneira por todos.

Para a divulgação da campanha, também contaram com informativos nas portas dos elevadores, totens, hotsite, jornal interno, carta direta do presidente e campanhas promocionais. Dentro dessas campanhas, foram realizados vários concursos internos com os funcionários sendo os protagonistas das ações de comunicação, como foi o caso de um comercial veiculado no intervalo do horário nobre na TV.


A iniciativa “Usiminas em Frente” trouxe a importância dos veículos e a maneira uniforme de se comunicar com seu público interno, mostrando como é possível a idéia de uma cultura tão internalizada englobar outras. Trouxe também a possibilidade de interação entre funcionários e aplicação de conceitos passados tornando um hábito diário, dando orgulho para cada um que esteve inserido no projeto.


Por: Luana Gomes

Referência
ABERJE: Comunicação Empresarial. São Paulo, ano 21º, nº 78, Página 87, 2011.

domingo, 9 de junho de 2013

Jornal e revista internos

Um dos veículos mais tradicionais da comunicação interna e que é utilizado na maior parte das empresas é o jornal ou a revista impressos. Com a internet, algumas empresas passaram a utilizar da versão online do veículo, contudo, muitas ainda optam pelo tradicional material impresso, pois abrange mesmo aqueles funcionários que não tem acesso á mesma.

Sobre a quantidade de páginas do informativo, os autores não chegam a um consenso. Aconselha-se que o veiculo não tenha poucas páginas, pois pode demostrar inconsistência, mas que também não tenha muitas páginas, pois pode não ser lido em sua totalidade. Em relação á periodicidade, esse veículo pode ser semanal, quinzenal, mensal, bimestral ou trimestral. Tudo isso irá depender do fluxo das notícias da empresa.

Outro ponto que devemos perceber no informativo é que deve ter um equilíbrio entre as fotos e os textos, além de ter um layout bem definido. Segundo Gilberto Lorenzon e Alberto Mawakdiye: “O estilo de texto e a programação visual sempre merecem atenção especial. Ambos têm de ser marcados pela precisão e pela leveza, com grande equilíbrio entre textos e ilustrações”.

Além disso, outro fator que deve ser levado em conta é a elaboração da pauta. O ideal é que todos os funcionários se sintam a vontade para entrar em contato com a área de Comunicação para sugerir alguma pauta.

Uma tendência que se tem percebido atualmente é que as empresas passam a contar com um veículo eletrônico e um impresso. O veículo eletrônico normalmente é utilizado em casos de notícias que devem ser informadas com maior rapidez e para um público mais específico. Já o veículo impresso pode ter uma periodicidade maior e ser distribuído para um público mais abrangente.

Podemos citar como exemplo disso a Unimed do Brasil, que desde 2001 mantém um jornal eletrônico semanal, o Confidencial, e sua versão impressa bimestral, o Confidencial Brasil. A versão eletrônica do informativo é encaminhada para um mailing formado por dirigentes e profissionais de cargos estratégicos nas cooperativas, que tem a necessidade de saber informações de forma mais rápida. Já o jornal impresso é encaminhado, além dos dirigentes, para os médicos cooperados e alguns outros públicos, os quais precisam ser comunicados das informações da empresa, contudo não é necessário rapidez na informação.

Por: Aline Saito

Referência
Fonte: Manual de Comunicação. Disponível em: <www1.unimed.com.br/portal/download/co/ComunicacaoInterna.doc> Acesso em 04/06/2013.