sexta-feira, 17 de maio de 2013

Humanizar para engajar

Dizer que a Comunicação tem como matéria prima pessoas não é revelar nenhum segredo, mas lembrar esse aspecto cotidianamente pode fazer com que os comunicadores sejam melhor direcionados. Afinal, as pessoas mudam e o jeito de comunicar também deve mudar.

Para envolver pessoas é preciso tornar as ferramentas de comunicação interessantes e atualizadas com suas demandas pessoais e profissionais. Os gostos mudam e a Comunicação precisa ter sensibilidade para perceber essas mudanças. A última década vem mudando completamente o jeito das organizações se exporem para o público externo. Números perdem espaço para pessoas e responsabilidade para com a sociedade. As fronteiras entre a organização e as pessoas tornam-se linhas tênues, que constroem uma relação cada vez mais próxima e tangível.

Paulo Nassar, em entrevista para a Revista Novos Olhares em outubro de 2006, já argumentava esse comportamento: “A empresa na atualidade não é um território separado da sociedade. A sua cultura e a sua identidade, assim como os seus produtos, bens e serviços, os seus integrantes e os seus mercados são estruturados, ganham inúmeros significados, como uma continuação da sociedade. Tudo aquilo que denominamos de imaterial – a cultura, a identidade, a imagem, a marca, a reputação, a missão, visão e valores organizacionais – é definido nas cadeias relacionais. Uma determinada marca, por exemplo, só pode ser definida enquanto significante e significado.”

Para o público interno a postura também deve mudar, deve se adaptar aos interesses dos receptores das mensagens, o comportamento social vem exigindo isso.Para os veículos internos, as mensagens de caráter técnico sempre foram mais usadas do que aquelas mais aproximativas. Isso se deve àquela velha lição que a Comunicação tem como pilar: o cuidado para não afastar a mensagem da estratégia da organização.

Contudo, humanização tornou-se uma das estratégias organizacionais de forma quase unânime. Humanizar para engajar, humanizar para se interessar e criar significado. Os veículos estão migrando para uma postura mais aproximativa, linguagens menos técnicas, imagens reais de pessoas reais.

Mostrar que uma organização é feita de pessoas, com o talento de pessoas, com entusiasmo de pessoas é a “nova era” da Comunicação. As relações estão mais estreitas e os veículos, campanhas e mensagens – que são os nossos canais mais diretos com o público, depois do face a face – não podem deixar de refletir isso.

por: Cindy Santos

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