domingo, 21 de abril de 2013

Case: A Bayer que a gente quer é a gente que faz


Hoje vamos falar de uma campanha de comunicação interna realizada em 2008 pela Bayer CropScience, uma das líderes mundiais em inovação no segmento de ciências agrícolas e soluções para o segmento de saúde ambiental.

Em 2007, a organização vivia um cenário complicado: havia perdido parte da liderança em 2006 para o mercado brasileiro, logo, contava com um novo corpo de lideres – momento delicado para qualquer organização. Além disso, a organização traçou uma nova estratégia ambiciosa de negócios, visando o crescimento de forma sustentável.

No final de 2006, foi feita uma pesquisa interna, o resultado mostrou que a Bayer era considerada uma organização boa para se trabalhar, inovadora, sustentável, mas havia um sentimento de insegurança, falta de lealdade e de estabilidade. No mais, foi levantado que muitos funcionários não conheciam a estratégia e faltava informação a respeito das outras áreas dentro da própria organização.

Diante deste cenário, a organização resolveu estruturar uma campanha de comunicação interna com o objetivo de fortalecer os sentimentos de paixão, garra, entusiasmo e dedicação pessoal, tendo em pauta o crescimento sustentável. A campanha tinha como título “A Bayer que a gente quer é a gente que faz”. Foi criada também uma derivação da campanha central, “O planeta que a gente quer é a gente que faz”, com o intuito de promover a prática da sustentabilidade no dia a dia das pessoas.

A campanha foi dividida em 3 etapas. Na 1ª etapa, Informação, o esforço foi focado na estratégia da companhia, metas gerais de cada departamento e o papel de cada um para o seu atingimento. A campanha foi lançada em abril de 2008, na convenção anual da organização e contava com diversas peças de lançamento, tais quais: broadside, móbiles, totem, banners, quadro de metas, kits escritório, entre outros, além de contar com a divulgação nos veículos internos. Na próxima etapa, nomeada Mobilização, utilizaram-se dos veículos internos da Bayer para divulgar os depoimentos e relatos dos colaboradores sobre a campanha. Além disso, nas áreas em que se atingissem resultados acima do esperado, ocorriam eventos comemorativos, além de um email do diretor operacional, parabenizando-os. Nessa fase foi lançada a campanha “O planeta que a gente quer é a gente que faz”. Para isso, utilizaram novamente dos veículos – foram feitas em média duas matérias por mês nos diversos veículos com o tema de atitudes sustentáveis. A terceira fase, Sustentação, contou com um hotsite feito somente para a campanha. Contava com diversas editorias e uma chamou mais a atenção do público: o jogo virtual, no formato de quiz, chamado “SuperSafraBCS: jogou, plantou, colheu”. A cada semana uma área da organização era tema do jogo.

A campanha foi um sucesso. Em uma pesquisa interna realizada foi avaliado que 99% dos entrevistados haviam entendido de fato a mensagem-chave da campanha. O ano de 2008 - ano em que foi realizada a campanha – foi o melhor ano da organização no Brasil. A Bayer CropScience fechou o ano com um crescimento 5% acima do mercado e um aumento  de 20% nos preços e de 7% na margem bruta. Com isso, podemos perceber o quanto uma campanha bem estruturada pode auxiliar a melhorar o clima organizacional, além de auxiliar financeiramente a organização.


Por: Aline Saito

Referência
Case: A Bayer que a gente quer é a gente que faz. Disponível em: < http://www.conrerp2.org.br/index.php?pagina=a-bayer-que-a-gente-quer-e-a-gente-que-faz> Acesso em 15/04/2013, 12:35.

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